O RÁDIO NÃO MORRERÁ ENQUANTO A IMAGINAÇÃO HUMANA NÃO MORRER
*João Firme
“Era uma noite escura e tempestuosa”.
Nas minhas leituras que a liberdade de imprensa me proporciona, encontrei um anúncio criativo e lindo de morrer publicado na data de 21 de setembro de 1975 no Dia do Rádio pelo meu inesquecível amigo Antônio Mafuz que teve seus tempos de Bill Gates e de São Francisco.
O Rádio liberta e estimula o teatro da imaginação, é palco para os melhores músicos do mundo e a maior arquibancada de esportes que se conhece.
Cada ouvinte é um co-produtor, desenha seus próprios figurinos, dirige a ação, escolhe o melhor ângulo, decide se é preto e branco ou colorido.
O Rádio é informação. O primeiro a dar as boas e más notícias.
Claro que as análises e os comentários mais profundos dos jornais, as fotos impecáveis das revistas e a imagem de TV são de um fascínio e de uma importância inegáveis para a cultura humana.
Mas você está muito enganado se pensa que, por causa disso, o Rádio vai morrer. O Rádio não morrerá enquanto a imaginação humana não morrer.
Recordo que, neste Dia do Rádio, recebi na Itaí de Porto Alegre, às 23h, a visita de um jovem casal de Curitibanos que veio me agradecer por ter atendido o pedido da noiva bonita com a leitura de um poema de JG de Araujo Jorge com o fundo da música “Orquídeas ao Luar” no programa “Salão Grená” que o Coli Filho da Rádio Tamoio me cedeu os direitos no RS.
Nossa conversação de jovens românticos em paz foi emocionante.
* Publicitário e Jornalista